Prevenção
Existem várias medidas que podem evitar a transmissão das hepatites virais:
- usar preservativo em todas as relações sexuais;
- exigir materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e de piercings;
- não compartilhar instrumentos de manicure e pedicure;
- não usar lâminas de barbear ou de depilar de outras pessoas;
- não compartilhar agulhas, seringas e equipamentos para drogas inaladas e pipadas, como o Crack.
Vacinação
A vacina contra a Hepatite B deve ser recomendada até 49 anos, para as populações vulneráveis* (em especial, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas) e para profissionais de saúde. É um direito e é a melhor forma de evitar a Hepatite B. Essa vacina faz parte do calendário de vacinação da criança e do adolescente e está disponível em todas as salas de vacina. Todo recém-nascido deve receber a primeira dose, logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Se a gestante tiver Hepatite B, o recém-nascido deverá receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a Hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão de mãe para filho. A vacina está disponível no SUS desde 1998.
Populações mais vulneráveis
Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação; pessoas com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); bombeiros; policiais civis, militares e rodoviários; carcereiros de delegacia e de penitenciárias; coletadores de lixos hospitalar e domiciliar; comunicantes sexuais de portadores de hepatite B; doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo; lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais; pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, entre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; populações indígenas; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos; profissionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas e caminhoneiros.
Diagnóstico
A maioria dessas pessoas desconhece sua condição sorológica. No caso da Hepatite C, por exemplo, há pessoas que fizeram transfusão de sangue antes de 1993 (quando não havia teste para diagnosticar a doença) ou que utilizaram seringas não esterilizadas, que podem estar infectadas pelo vírus da Hepatite C sem saberem. A Hepatite é a inflamação do fígado, uma doença que nem sempre apresenta sintomas. Muitas pessoas só percebem que estão doentes (principalmente dos tipos B e C) quando as manifestações já são graves, como Cirrose ou Câncer de Fígado. Esses pacientes levam anos para descobrir que estão infectados. Realizar o diagnóstico precoce das Hepatites é um dos principais determinantes para evitar a transmissão ou a progressão dessas doenças e suas graves consequências. Os testes para as Hepatites estão disponíveis em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fique Sabendo
É uma estratégia de mobilização para o diagnóstico de Aids, Sífilis e Hepatites.
O papel do profissional de saúde
O momento de consulta é uma oportunidade que o profissional de saúde tem para, não só recomendar o exame para a Aids, mas também o de Hepatites e o de Sífilis. O resultado do exame de Hepatite possibilita ao profissional de saúde notificar a doença e dar à saúde do país o panorama real do número de casos existentes. Isto é fundamental para o desenvolvimento de políticas de prevenção e combate à doença.
Metas
O Brasil tem como prioridade, até 2015, a realização de campanhas nacionais que estimulem os seus cidadãos a se vacinarem gratuitamente contra a Hepatite B e buscarem o diagnóstico precoce. O objetivo é atingir cobertura vacinal superior a 90% e identificar os quase dois milhões de brasileiros que o Ministério da Saúde estima que estejam infectados pelos os vírus B e C.
Mais informações sobre hepatites virais estão disponíveis no link www.aids.gov.br/hepatites-virais
Informações do Ministério da Saúde
publicadas por
Magda Pimentel
Assessoria de Imprensa
Administração 2017-2020