Protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi implementado na Unidade ESF do bairro Jardim há cerca de sete meses. As mães aprovaram a iniciativa e os bebês também.
A Mamanalgesia é uma técnica simples e se resume em amamentar o bebê antes, durante e depois das injeções.
Desde 2018, este processo vem sendo orientado pela OMS e tem o embasamento de diversos estudos que abordam a importância da amamentação durante a aplicação de injetáveis, especificamente durante a vacinação. “Diante desta preocupação com a dor que a vacinação injetável causa nos bebês, a nossa colega vacinadora aqui a da Unidade, Júlia Amaro, nos sugeriu implementar este protocolo da OMS. Há uns sete meses, começamos a ofertar, às mães aqui da nossa área, a opção de fazer a vacina junto com a amamentação ao bebê”, explicou a enfermeira responsável pela Unidade, Amanda Webber.
Os resultados da experiência surpreenderam a equipe e mesmo as mães. Com isto, a Unidade organizou um espaço mais agradável e confortável para o momento de aplicação da vacina. Foi adquirida uma poltrona para acomodar melhor a mãe e o bebê para o momento amamentação/vacinação.
Os estudos mostram que a amamentação durante e imediatamente após a vacinação auxilia no alívio da dor por causa da sucção pelo bebê. “Realmente, a sucção da mama causa ao bebê prazer, alívio de dor e desconforto. O contato pele a pele entre mãe-bebê causa segurança para a mãe pela forte ligação entre eles passando esta sensação para o bebê, diminuindo a ansiedade”, argumenta Amanda.
Segundo a enfermeira, o leite materno contém endorfina, uma substância química que ajuda a suprimir a dor e ainda reforça a eficiência da vacina, por conter muitos anticorpos que passam para o bebê. “A vacina é muito importante e necessária, mas traz a dor pela aplicação junto, causando uma duplicidade de sentimentos. Através da amamentação no momento da vacina, mãe e bebê se sentem mais tranquilos”, enfatizou ela. O procedimento também é oferecido à mãe quando é realizado o Teste do Pezinho.
Ao chegarem na Unidade para a vacina, a equipe oferece o método e a mãe fica livre para escolher. A maioria delas está aderindo a este método. Tem mães que não abrem mão de fazer a vacina, amamentando o seu bebê. “Notamos a grande diminuição na dor nos bebês. Tem uns que nem param de mamar, não choram, muitos bebês nem percebem, não mudam nem a expressão facial deles”, revelou Amanda.
“Pelo excelente resultado deste protocolo, as mães aprovaram a iniciativa, estamos estendendo este protocolo às demais Unidades do município, que também organizarão um espaço para receberem as mães e seus bebês”, informou a secretária da pasta, Carlota Artmann.
Magda Pimentel
Assessoria de Imprensa
Administração 2017-2020