Atendimento da Saúde em Ibirubá: aos poucos o atendimento está sendo retomado

Nesta semana, o doutor Etiani Messerschmit (servidor médico do Município de Ibirubá) e a secretária municipal de Saúde, Carlota Artmann, foram entrevistados por programa jornalístico de rádio local. Ambos também fazem parte do Comitê Municipal de Combate e Enfrentamento ao Novo Coronavírus. Segue um resumo do que foi abordado na emissora sobre a situação da pandemia em Ibirubá, bem como a importância da continuidade dos cuidados de proteção por toda a população.

Diante do grande aumento do número de casos de Covid-19 em Ibirubá, que explodiu a partir do mês de agosto, o atendimento das unidades públicas de Saúde de Ibirubá ficou congestionado, inclusive deixando no limite a capacitação hospitalar para o atendimento de pacientes confirmados com a doença. A prioridade daquele momento foi direcionada para os pacientes que estavam procurando atendimento médico por problemas respiratórios e outros sintomas suspeitos de contágio do vírus SARS-Cov 2.

Nos últimos 15 dias, a partir da segunda semana de setembro, houve uma redução significativa na demanda por atendimento médico e internações hospitalares relacionados à Covid-19. Com isto, aqueles pacientes que apresentam outras situações de saúde estão podendo ser atendidos pelas equipes das Unidades de Saúde do município. Calcula-se que, na semana passada, houve uma redução de 25 a 30% na demanda e, nesta semana, próximo a 50%. Mais do que o número de casos, a avaliação leva em conta a demanda por atendimentos não só nas unidades públicas de Saúde, mas também no atendimento do plantão do hospital e junto à rede particular

Segundo informações do Comitê Municipal, pode se atribuir a esta redução dos atendimentos em razão das últimas ações sugeridas ao governo municipal, como o toque de recolher, determinado de 29/08 a 07/09 e de 09 a 16/09, além do lock down (restrição de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e industriais) no período 05 a 08/09. Há de se levar em conta também que, neste final de semana prolongado, ocorreram períodos de chuva e frio, o que acabou inibindo a saída da população.

Estas medidas restritivas refletem a descendência dos casos hoje. Entretanto, salienta-se que grande parte da propagação do vírus acontece dentro das próprias casas. As atitudes individuais de cada pessoa refletem para que no coletivo não se tenha tanta disseminação. Os casos ainda estão acontecendo, mas o mês de agosto foi o pior momento vivido por Ibirubá desde o início da pandemia. Hoje já está se conseguindo atender outras demandas, tentando retomar a normalidade no dia a dia das Unidades de Saúde.

Mesmo com a descendência do número de casos, é preciso dar muita atenção a isto. Ibirubá ainda está com um grande número de casos ativos, mais de 100 casos. Essas pessoas têm possibilidades de propagarem o vírus. Por isto, é necessário cumprir com todos os cuidados recomendados pelos profissionais do atendimento, fazer o isolamento dos confirmados e também daqueles que estão com sintomas (considerados como casos suspeitos), distanciamento social seguro e uso de máscara.

No geral, os cuidados devem continuar. Se a pessoa está com qualquer sintoma vinculado à sistema respiratório, procure o atendimento médico para avaliação e fique em casa, não visite ninguém. Com sintomas, evite contatos com outras pessoas. Este é o novo normal que a pandemia está trazendo ao mundo, muita preocupação com a segurança. Agora, com a nova estação, as temperaturas esquentando, as pessoas querem sair, rever familiares e amigos. Os cuidados não podem ser esquecidos.

Para algumas pessoas, o vírus é muito agressivo. A maioria passa bem pelo vírus. Mas tem uma porcentagem delas que tem probabilidade de agravamento e não se sabe quem são essas pessoas. Os dosos têm mais propensão a isto. Mas, o jovem não está livre de ter agravamento também, por isto, todos devem se proteger e protegerem ao outro.

Sobre casos de reinfecção da doença, não há oficialização no município. Há, sim, relatos de dois pacientes que apresentaram um quadro anterior de Covid-19 em abril/maio e voltaram a apresentar novamente em agosto. Nada concreto ainda, ambos estão em investigação.

Muito se cobra na questão de fiscalização. Por que o Município precisa colocar fiscais e a Brigada Militar para verificar se as medidas estão sendo cumpridas? Medidas estas de emergência pública em nível mundial. As pessoas querem que a Saúde dê todo o suporte ao procurarem atendimento, porém, está muito claro que, muitas dessas pessoas, não cumpriram as medidas normativas de proteção. Por várias vezes, as redes sociais denunciam ainda encontros, festas, aglomerações, indo totalmente na contramão do que os governos estadual e municipal, e as autoridades em Saúde recomendam.

Se a população não continuar seguindo as medidas recomendadas, a situação de Ibirubá poderá regredir e voltar à novas explosões de casos no município.


Magda Pimentel
Assessoria de Imprensa
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