O Escritório da Emater em Ibirubá realizou reunião técnica sobre Meliponídeos no dia 12/12, em parceria com o Instituto Federal de Ibirubá. O encontro aconteceu na própria área do Câmpus, sendo conduzidos pelo Assistente Técnico Regional, de Ijuí, Antônio Altíssimo e pela Engenheira Agrônoma Aline Deutsch, do Escritório local. Seguem informações sobre a atividade, disponibilizadas pela Emater e fotos de outras ações realizadas sobre o assunto.
“A Meliponicultura tem se tornado nos últimos anos uma atividade relevante tanto no meio rural quanto no urbano em função das novas finalidades de sua criação. Dentre as diversas finalidades da criação se faz necessário salientar: Produção de mel, Produção de colônias para comercializar, Lazer ou ‘bicho de estimação’, pesquisa, educação, preservação, polinização.
A atividade de Meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) vem conquistando destaque e adeptos nos últimos tempos, atividade muito procurada no meio rural e urbano, por lazer ou como forma de renda. Assim a Emater de Ibirubá vem trabalhando com está atividade, além da atividade de Apicultura, buscando incentivar formas de diversificação de renda no meio rural, qualidade de vida, preservação das espécies nativas e polinização de espécies vegetais.
Essas abelhas não picam. Por isso, sua criação é barata e não exige roupas e equipamentos especiais. São nativas e podem ser adquiridas por meio de caixas-iscas, capturadas em desmatamentos autorizados pelo Ibama ou compradas de criadores licenciados.
Criar abelhas não ocupa muito tempo e permite rendas extras para as famílias, em especial para mulheres, jovens e idosos. As abelhas ajudam a polinizar as lavouras e os pomares, garantindo maior fartura de alimentos.
O mel é um alimento saudável que pode substituir o açúcar, melhorando a alimentação e a saúde da família. Das colmeias é possível extrair mel, pólen, própolis e cera. Esses produtos são muito valorizados nos mercados.
Contudo, além de ter 10% menos de açúcar, o mel de abelha sem ferrão apresenta tipos diferentes de acordo com cada espécie produtora, ampliando o leque de opções para o mercado e agregando valor ao alimento. E enquanto alguns são mais viscosos e doces, outros são mais líquidos e azedos.
Há centenas de espécies de abelhas sem ferrão em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Possuem grande diversidade de formas, cores e tamanhos, com exemplares medindo de 0,2 centímetro de comprimento até próximo de 2 centímetros. Aqui, são conhecidas cerca de 200 delas, destacando-se a Jataí, a Mirim, a Tubuna, a Manduri, a Mandaguari, a Mandaçaia e diversas espécies de Irapuã e Iratim. Também chamadas de meliponíneos, as abelhas sem ferrão formam colônias perenes habitadas tanto por algumas dezenas quanto por vários milhares de indivíduos. Em geral, constroem os ninhos dentro de cavidades já existentes, sendo que a maioria vive dentro de ocos de árvores. Algumas espécies gostam de instalar seus ninhos no solo, em cupinzeiros e em lugares altos.
Em cativeiro, as abelhas sem ferrão são criadas em caixas pequenas, que não exigem esforço físico e ocupam menos espaço. Por outro lado, com uma população reduzida, a produtividade da colônia da maioria das espécies, de 1 a 4 litros de mel por ano, é menor se comparada com a das abelhas com ferrão, que registra de 20 a 40 litros por ano.
Embora comprar de outros criadores seja mais prático, é possível capturar abelhas sem ferrão da natureza por meio de ninhos-armadilhas ou outros métodos que não prejudiquem o meio ambiente.
A Emater vem realizando atividades, como reuniões nos grupos de agricultores no interior, para demonstrar como se realiza a captura de enxames. Uma das maneiras é através da atração para os ninho-iscas. Os mais comuns são aqueles confeccionados com garrafas tipo pet de 1,5 a 5 litros embebidas internamente em loção atrativa e envoltas com papelão/jornal e lona plástica preta, imitando o interior oco de árvores. A loção atrativa é produzida com álcool de cereais e material proveniente dos enxames que se tem interesse, como resinas, geoprópolis e cera, na proporção de 3 partes de álcool para uma parte de material. O produto deve ser curtido durante pelo 30 dias, agitando-o diariamente. O ninho-isca deve ser instalado em locais de ocorrência de abelhas e no período de maior enxameação, geralmente, durante a primavera e o verão (entre os meses de setembro a janeiro, dependendo da região). A relação entre ninho-mãe e ninho-filho se encerra, geralmente, quando nascem as primeiras crias. Cerca de 60 dias após a instalação do enxame na isca, deve-se proceder o traslado para o local definitivo/meliponário e a transferência para a caixa racional, que deve estar a mais de 300 metros do local de captura.
Mais informações junto à Emater de Ibirubá na Rua Firmino de Paula, 967 – telefone (54) 3324-1538.”
Registro da Reunião Técnica em 12/12
Registros de outras ações realizadas sobre o assunto durante 2018
Fonte:
Escritório Municipal da Emater-Ascar
Ibirubá/RS
Publicado por
Magda Pimentel
Assessoria de Imprensa
Administração 2017-2020